quarta-feira, 21 de agosto de 2013

APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA ELEITORAL CDU

 
 
 
 
CDU da Figueira da Foz apresentou programa eleitoral

«Assim que a conjuntura, ou seja, a correlação de forças políticas, o permitir, levaremos à Assembleia da República a proposta para a reposição e devolução às populações das freguesias que lhes foram roubadas»

A CDU da Figueira da Foz apresentou ao final desta tarde, perante cerca de três dezenas de pessoas, junto à marina da Figueira da Foz, o seu programa eleitoral. Numa altura em que, frisou o candidato à Câmara Municipal, António Baião, “começam a surgir muitas propostas eleitoralistas, nós queremos, de forma séria, dar a conhecer aos munícipes as nossas ideias”.
Da “defesa intransigente do Hospital Distrital da Figueira da Foz, mantendo a sua referenciação médico-cirúrgica” à criação de um “pelouro da habitação, para monotorização permanente das situações de eventual risco” e para responder ao “grave cenário que já existe mas que vai piorar daqui a cinco anos, quando a Nova Lei das Rendas estiver na sua plenitude”, passando pela luta pelo fim da concessão a privados “da exploração e captação de água” e da recolha de lixos, bem como “contra a mobilidade e a redução de efectivos na Câmara Municipal da Figueira da Foz”, foram várias as propostas apresentadas.
“As leis fazem-se e desfazem-se, e muitas leis se têm mudado através da luta das populações e dos trabalhadores”, defendeu António Baião. E, em alguns casos, o que a CDU defende é mesmo o desfazer de situações relativamente recentes. “A Figueira Domus, por exemplo, sucedeu ao pelouro da habitação, que existia na Câmara, para contrair empréstimos que permitissem a construção fora do orçamento municipal”, disse Francisco Guerreiro, do Partido Ecologista Os Verdes, que integra a coligação. “Com a alteração da legislação, criou-se uma situação praticamente insustentável, e que começou com Santana Lopes, que deixou o município no estado em que está”, afirmou. “A Câmara Municipal deve chamar a si a gestão directa do património que tem”, concluiu. Registe-se que a CDU propõe ainda, na área da habitação, “a criação de uma carteira de habitação municipal, com o objectivo de dar respostas imediata à necessidade de casa por parte de famílias em dificuldades, através de políticas sociais de arrendamento”.

Descontentamento com políticas nacionais “tem de se manifestar já nas Autárquicas”

“Muitos dos problemas locais derivam de políticas nacionais”, defenderam os candidatos da CDU presentes na apresentação pública do seu programa eleitoral. Por isso, consideram que querer distinguir os partidos a nível local e nacional “é uma desonestidade do ponto de vista político, é tentar vender gato por lebre”. Francisco Guerreiro sublinha que “os actores são os mesmos e, se dúvidas houvesse, elas teriam sido desfeitas na apresentação da candidatura Somos Figueira, em que ficou claro quem é o padrinho: Santana Lopes disse publicamente que Miguel Almeida era o seu braço direito”, acrescentou,

Extinção de freguesias: “Não vamos deixar cair no esquecimento»

Também Carlos Batista, candidato da CDU à nova freguesia de Buarcos (que agregou S. Julião), apontou o dedo a Miguel Almeida, líder da coligação Somos Figueira (PSD / CDS/ MPT e PPM). “Miguel Almeida foi o ponta de lança deste acabar com uma aspiração do concelho: as suas freguesias. Não vamos esquecer esta atitude do PSD, que levou a que as populações fossem expropriadas das suas conquistas”, disse.
“Assim que a conjuntura, ou seja, a correlação de forças políticas, o permitir, levaremos à Assembleia da República a proposta para a reposição e devolução às populações das freguesias que lhes foram roubadas”, garantiram os candidatos da CDU.

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