quarta-feira, 23 de julho de 2014

PRESIDENTE DA JUNTA DE QUIAIOS ASSINA E ANULA CONTRATO COM FAMILIAR.

 

Fernanda Lorigo, presidente da junta de Quiaios. FOTO JOT'ALVES
Fernanda Lorigo, presidente da junta de Quiaios. FOTO JOT’ALVES
A presidente da Junta de Freguesia de Quiaios (PS), Fernanda Lorigo, anulou o contrato de trabalho sazonal que assinara com o seu pai, que se encarrega da manutenção da piscina da Praia de Quiaios há 17 anos.
Mas esta foi a primeira vez que a junta lhe fez um contrato, coincidindo com o primeiro ano de mandato da filha. Nos anos anteriores, exerceu funções em regime de prestação de serviços, pagos à hora.
“O assunto foi discutido na assembleia de freguesia e todos os elementos tiveram acesso à documentação solicitada. O contrato foi anulado porque a presidente da junta assim o entendeu”, declarou Fernanda Lorigo ao DIÁRIO AS BEIRAS, dando o assunto por encerrado.
A decisão foi tomada na sequência dos protestos da oposição, que indagou a autarca de Quiaios na assembleia de freguesia.

terça-feira, 22 de julho de 2014

ASSIM VAI O VERÃO NA PRAIA DE QUIAIOS.

FOTO JOT'ALVES
FOTO JOT’ALVES
No início da semana ainda se viam ervas de tamanho generoso em alguns passeios e outros espaços públicos da Praia de Quiaios, merecendo a censura de moradores e comerciantes locais, queixando-se estes que os visitantes ficam com uma imagem negativa da localidade turística.
Por seu lado, a areia que o vento depositou no inverno nos estrados de madeira que dão acesso às praias estava a ser removida.
As ervas estavam secas, porque a Junta de Quiaios havia aplicado herbicida, para facilitar o corte e a remoção da vegetação. A limpeza não foi feita antes do início da época balnear porque “houve necessidade de reprogramar” a agenda das equipas da Câmara da Figueira da Foz, justifica o vereador do Ambiente, Carlos Monteiro.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE 30 DE JUNHO 2014




Caminhamos a passos largos para o primeiro ano de mandato desta legislatura. Com nova gente, uma nova maioria relativa e rotativa. Cabe aqui uma pregunta, à qual daremos resposta quando fizermos o balanço de um ano de existência, essa questão é a de sempre; como está a freguesia depois desta “mudança” de caras e de organização política. Lembrar, que a freguesia mudou de actores políticos, (PSD para PS).
         Segundo os residentes nos Órgãos da Freguesia as queixas começam por ser muitas, desde as limitações humanas acabando nos recursos financeiros. Desculpas de mau pagador, pois quando da candidatura e campanha eleitoral todos os candidatos tinham a noção exacta das dificuldades inerentes às autarquias locais.
Era bom não haver passado, não era?
Não haver; piscina com gravíssimos problemas de resolução, manutenção e conservação muito dispendiosas, parque de campismo com um rol de questões de gravidade processual a sua resolução não se avizinha nada fácil nos anos mais próximos, um complexo urbanístico que por mais voltas e voltinhas que deem, para contornar as Leis, a sua resolução não é clara e muito menos célere. Fruto de erros e cedência para a sua implantação inerente à especulação imobiliária, saneamento ausente em grande parte da freguesia, e onde já existe a sua funcionalidade deixa muito a desejar, acessibilidades uma exigência de várias gerações de quiaiosenses que as entidades oficiais e autárquicas teimam em ignorar etc. etc. etc. uma freguesia que continua refém e presa de políticas e políticos mentirosas.
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA
Decorreu no passado dia 30 de junho a 5º sessão ordinária da A.F.
Com início às 21,30h a ordem de trabalhos, não sendo extensa, os pontos nela contidos provocaram um debate prolongado, vivo e leal que teve o seu fim pelas 3,05h da madrugada.
- Com algumas alterações, de última hora, foi aprovada, por unanimidade, a acta da sessão anterior.
Também por unanimidade foram aprovados dois votos de pesar pelo desaparecimento de duas personalidades ligadas ao poder local e ao concelho, o presidente da ANAFRE e Azenha Gomes, este com um minuto de silêncio.
- Época balnear os concecionários da praia desejam abrir a época com a inclusão de nadadores-salvadores na sua área de influência. A sua contratação não está fácil.
A contratação de um nadador-salvador para a piscina da Praia está a cargo da Junta de Freguesia. Não, não é bem assim. Segundo informou o Executivo pode ser um vigilante. Perguntamos se sabia nadar. Risos.
- Foi pela Autarquia adjudicada à empresa SUMA a limpeza das praias do concelho. Só agora, 1 de julho, vem limpar a praia. Caricato.
- Lavadouros Cova da Serpe, Saibreira em total desleixo; sem água, por pintar e com os terrenos envolventes cheios de matos e silvas. Numa palavra, necessitam de ser intervencionados.
- Fontenário de Cabanas buraco com algum tempo para se colocar grelha. Está orçamentado, há dinheiro para executar. Então porque não se faz?
- Circular externa e interna nada de novo.
         Depois do que se passou na última A. F., a ausência premeditada, e não justificada, da Presidente e Tesoureira do Executivo da Junta de Freguesia, nada nos admira que atitudes idênticas, ou muito próximas, venham a acontecer.
         Resolveu a A.F. colocar uma serie de questões em torno dos problemas da freguesia. Abordaremos alguns em conformidade ao espaço.
- As passadeiras sobre as dunas na Praia de Quiaios estão cheias de areia. Junto ao bar “Bar’t” estas foram limpas esta semana (semana da Assembleia). É o início da limpeza de tudo? Qual foi o critério por terem começado por uma zona de acesso à praia quase não utilizada nesta fase, e não pelas zonas mais movimentadas, visto ser espectável que a zona principal da praia estivesse limpa?
Executivo - Relativamente à empreitada para a manutenção dos passadiços na Praia de Quiaios, informamos que diligenciámos no sentido de ultrapassar a questão no momento imediatamente a seguir às intempéries que devastaram todo o litoral, mais precisamente no dia 25 de fevereiro, notificando a APA/ARH, com conhecimento à CMFF. Entretanto, ao longo do tempo, insistimos junto da CMFF para que nos informasse do ponto da situação, tendo recebido, a 15 de abril, informação da Sra. Vereadora Ana Carvalho, comunicando que a APA/ARH informara de que o contrato de empreitada para os passadiços se encontrava para aprovação junto do Tribunal de Contas. Neste momento, importa registar que foram feitas diligências posteriores, nomeadamente para a CCDRC, no âmbito do Acordo de Parceria assinado a 3 de Outubro de 2007 e que prevê o fornecimento de material para reparação/manutenção dos passadiços.
Fizemo-lo mesmo não tendo a certeza de que o mesmo ainda estaria em vigor, dado que o último pedido que se encontra em arquivo na pasta referente ao assunto data de 9 de Maio de 2011 e o acordo referir, na sua cláusula quarta, que o período de vigência “é de um ano automaticamente prorrogado se não for denunciado por qualquer das partes por uma antecedência mínima de três meses”. A CCDRC indeferiu, entretanto, o pedido por entender que a responsabilidade pela matéria em causa pertence aos serviços da APA”, entidade para a qual já tinha seguido o nosso pedido inicial. Reiterámos o pedido para aquela instituição que nos respondeu, no dia 29 de maio, que a ARH do Centronão dispõe atualmente de stock suficiente para a manutenção de todas as estruturas que carecem de intervenção nas praias do Litoral Centro e que esta intervenção fora incluída no Plano de Ação de Valorização e Proteção do Litoral 2012-2015, uma ação para a reabilitação, desmonte e construção de passadiços em praias do Litoral Centro, no âmbito de candidatura a efetuar ao POVT”, que abrange a praia de Quiaios e que, segundo informaram, “devido a vários condicionantes” ainda não foi possível o seu início. Na posse desta informação, solicitámos de imediato à CMFF auxílio para a manutenção das estruturas que se encontram danificadas na Praia de Quiaios e Murtinheira, reencaminhando para o Sr. Vereador Carlos Monteiro todo o processo, aguardando neste momento a sua conclusão através do fornecimento do material solicitado
- Quanto à Piscina da Praia de Quiaios. Percebe-se pela informação escrita distribuída pelo Executivo que arrumaram o armazém e estão a intervir na maquinaria. Quem está a fazer a intervenção? É prestação de serviços? É serviço de voluntariado? Quem foi a pessoa contratada para realizar o trabalho na casa das máquinas?
Executivo - A arrumação de o armazém e limpeza geral da piscina e pinturas ficou a cargo do voluntariado.
Quanto á manutenção de serviço. Em maio foi deliberado, pela Junta, adjudicar por ajuste directo a aquisição de serviços de manutenção da Piscina da Praia de Quiaios. Esta adjudicação irá custar aos cofres da Freguesia 5.400€. Fazendo as contas aos meses que dura o contrato de aquisição, junho, julho, agosto e setembro, dá uma mensalidade de 1.350€. As despesas inerentes a esta manutenção estão a cargo da Junta.   
    Perante os factos, comprovados pelas actas da Junta, entendeu A.F. questionar o processo e sua legalidade contratual.
Com a entrada em vigor da lei 75/2013, Lei Relvas, a exploração das valências públicas, que era obrigatório ser efectuado por concurso público passou a ser executado por meio de convites até um plafom de 75.000€ (?). É na base desta artimanha que o Executivo da Junta se escuda para fazer o contrato sem a aprovação ou fiscalização da Assembleia de Freguesia que passou a ser ignorada com o novo articulado da Lei.
O processo está viciado à partida. Como?
Os convites foram feitos, no mínimo, a três pessoas. Duas, por razões várias disseram não estarem interessados, declinando o convite, ficando assim o caminho aberto para a pessoa que gravita, há longos anos, em torno da babuje do poder. Não se entende, que esta adjudicação sendo de uma área específica e técnica, os convites tenham sido endereçados a comerciante e ex. marítimos.  
O Executivo, com base em pareceres jurídicos favorável (Gabinete Jurídicos camarário) sobre a legalidade do acto, entendeu fazer o referido contrato, que começava assim; - 1º outorgante é a Junta de Freguesia representada pela Presidente Maria F. M. Lorigo e o 2º outorgante Manuel P. S. Lorigo. ELUCIDATIVO.
    A longa discussão que se seguiu demonstrou a violação grosseira de diversos diplomas; lei do procedimento administrativo, estatutos dos autarcas entre outros regimes jurídicos.
Fez-se apelo ao bom senso do Executivo para o seu recuo e consequente anulação do contrato. Em contra partida inicia-se uma sequência de consultas ao Ministério Público para aferir da sua legalidade.
No final, imperou o bom senso a Sr.ª Presidente foi sensível ao apelo da A.F. e anulou o contrato, esclarecendo que o visado continuaria a trabalhar na piscina como voluntário.
A CDU, deixou bem claro a sua posição. Depois das consultas efectuadas reagiremos em conformidade. Não concordamos com os métodos de procedimento por meio de convite. Há empresas habilitadas para executar o trabalho e devem ser consultadas.
- Quanto à questão do Hotel, referente à descarga ilegal de efluentes. Em que ponto se encontra esta situação, visto ter havido condenação, e supostamente a Junta de Freguesia também estar a ser implicada?
Executivo - No dia 30 de Janeiro, a JFQ rececionou um ofício da APA/ARH, relativo ao “Processo de contraordenação – Torricentro Construções do Centro, SA”, solicitando esclarecimentos à Junta de Freguesia de Quiaios no que respeita à matéria dos autos. Esta solicitação resulta da contestação apresentada pela Torricentro, que implica a JFQ no processo, em virtude de, na sequência do processo de loteamento/alvará 7/87, ter ligado a rede de esgotos e águas residuais daqueles fogos à ETAR da
Torricentro, o que, segundo a arguida, a par de um aumento da densidade populacional da Praia de Quiaios, terá alegadamente esgotado a capacidade de absorção da referida ETAR, originando as referidas descargas de efluentes a céu aberto. Ao Executivo da Junta em funções coube, em primeira lugar e dentro do prazo legal estabelecido para a resposta, informar a APA, através de ofício, das diligências que se propunha a tomar, acrescentando que, oportunamente, enviaria esclarecimentos mais profícuos. Estas diligências passaram, numa primeira fazer, por confirmar a informação constante nos autos, o que fez recorrendo à CMFF, às Águas da Figueira e à própria arguida. Após a confirmação desta factualidade, o Executivo diligenciou no sentido de reunir todas as entidades envolvidas no processo, reunião que teve lugar no local das descargas referenciadas no processo. Deste encontro, e após confirmação dos factos relatados, e por forma a evitar futuras descargas, definiu-se uma solução provisória que passaria por encaminhar, através da colocação de tubos a descoberto, as descargas de esgotos e águas residuais para a ETAR de Quiaios. Entretanto, já posteriormente, foi feito um projeto definitivo que passará pela construção de uma Estação Elevatória no Loteamento Quiaios 2 que será ligada à ETAR de Quiaios, empreitada que debelará o problema de forma permanente.
 
- A próxima A.F. é em Setembro e será no Casal Novo na sede da Associação de Desenvolvimento do Casal Novo. Dia e hora a designar.