quarta-feira, 15 de outubro de 2014

6º ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE QUIAIOS





EDITORIAL:
Após uma turbulenta época balnear no que se refere a nadadores-salvadores, bandeira azul e concessionários com episódios rocambolescos vindo a público na imprensa local. O hastear da bandeira azul em meados de julho. Algum tempo depois o seu arreamento. Na semana seguinte voltou ao lugar, de onde nunca deveria ter saído, se as entidades oficiais dessem mais atenção a estas coisas. A Câmara que se candidata à bandeira azul nas praias do Concelho, e a ela que se deve imputar o laxismo de tal situação.
Os nadadores-salvadores que deveriam chegar mas não vieram. Os concessionários que atempadamente não conseguiram a contratação de nadadores-salvadores.
         Limpeza das areias e vegetação dos passadiços foi executada com a época balnear a decorrer. E só parte dela. Explicando melhor.
Na A. F. de junho, sugerimos ao Executivo da Junta que limpasse, de ambos os lados do passadiço na praia, as areias e vegetação com recurso a máquina.
De imediato fomos acusados, pelo “encarregado  político” do PS na A. F. Sr. Antero, de cairmos em contradição dado que a CDU é defensora do meio ambiente e com esta proposta estávamos a por em causa a duna primária ou dunar. Vamos por partes.
O passadiço está ou não constituído na duna primária? Está. Portanto, tudo em seu redor é duna primária. Com recurso a máquina executou-se, e bem, o trabalho de limpeza e desobstrução do lado nascente do passadiço. Porque não se fez do lado poente? Continuam os cabeços de areia e a vegetação, a eles inerentes, sobre a passagem a atrapalhar os transeuntes. Não entendemos a obstinação.
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ASSEMBLEIA DE FREGUESIA
Cumprindo uma deliberação, por unanimidade, da A.F. de junho, realizou-se, na sede da Associação de Moradores do Casal Novo e Saibreira, (A.M.C.N.S.) a 6ª Assembleia de Freguesia de Quiaios, ou seja fora de portas. Saudamos a iniciativa e esperamos que durante o mandato se percorra nos restantes lugares da freguesia, aonde for exequível.
Com a sala da Associação cheia de munícipes, interessados e determinados em fazer valer as suas reivindicações para a solução dos problemas existentes, e são muitos. Feita a saudação aos presentes, com a deferência explicativa da realização da A. F. iniciou-se a reunião.
A secretária começou por ler o expediente recebido no espaço que medeia as A.F.
- Aprovou-se, por unanimidade, a acta nº5 da reunião anterior, depois de algumas rectificações.
- Por iniciativa do Presidente da Mesa foi proposto um voto de pesar pela morte de Manuel Rabadão recentemente falecido. Foi aprovado por unanimidade.

- Voto de agradecimento a Maria Isabel Loureiro e Maria Carlos Loureiro pela oferta de livros para a biblioteca da Praia de Quiaios. Voto aprovado por unanimidade.

- Comemorações dos 500 anos do Foral à Vila de Quiaios.

Um voto de louvor à Comissão Executiva pela forma com que se empenhou nas referidas celebrações.

O voto foi aprovado por unanimidade. E quanto custou o acontecimento?

Segundo o executivo da Junta, e depois de solicitado a diversas empresas (metálicas, de pedra, de electricidade e de animação) os respectivos orçamentos, foram analisados, comparados e adjudicados, ficando a obra no valor de 3.348,18€.

Uma curiosidade à volta deste tema. Na acta nº 15/2014 da Junta de freguesia, folha nº3 ponto nº 7, pode ler-se: “o executivo da junta deliberou propor à A.F. a aprovação de um voto de empenho na organização das referidas comemorações”

O voto foi apresentado pelos eleitos do P.S. na A.F. Falhou aqui qualquer coisa. Organizem-se.

- Porque estamos a falar de contas, convém dar a conhecer as despesas e receitas das duas principais fontes de rendimento da Junta; piscina e parque de campismo.

No orçamento, para o ano em curso para a piscina, a Junta antevia uma despesa de 22.500€, e uma receita de 30.000€. Passada a época balnear, e apuradas as contas temos uma despesa 15.634,38€ e a receita de 22.812,60€.

E quanto ao P. de Campismo, a previsão era de uma despesa de 23.000€ para uma receita de 100.000€. Diz-nos as contas apresentadas, no controlo orçamental, que houve uma despesa de 3.567,21€ e uma receita de 114.834,19€.

- Carta do Pedro Daniel Nunes da Silva Bento.

Por iniciativa do autor foi enviado, via correio registado, ao Presidente da mesa da A.F. uma carta de contestação ao despedimento, Resolução do Contrato, enviada pelo executivo da Junta.

O executivo pela voz da Sr.ª Presidente não ficou, nada, satisfeita com a iniciativa dado que essa missiva tinha como destinatário a sua pessoa e não tinha que ser discutida em A.F. Como emana da lei o assunto em causa, gestão do pessoal e conflitos laborais, é da responsabilidade da Junta.

         Sendo verdade, também não deixa de ser realidade que a carta foi enviada para a A.F. e o seu Presidente originaria um grave precedente se a censurasse ou a encobrisse dos restantes membros.

Vamos aos factos: oficio dirigido ao Pedro, e entregue por mão, onde se pode ler:“ a conduta de V.Exª tem vindo a manifestar ao longo do exercício das suas funções, no âmbito do Contrato emprego celebrado em 28/6/2014, e após varias advertências por parte do Executivo, a mesma em nada se alterou “

Em resposta o visado contrapõe:

“Foi com surpresa que no passado dia 31 de agosto fui confrontado por v. Exª de me despedir, alegadamente por desrespeito ao seu pai Sr. Manuel Lorigo, a exercer voluntariado nas piscinas da Praia de Quiaios. De imediato prontifiquei-me a estar na presença de todos os elementos do executivo, bem como do Sr. Lorigo e restante colegas de trabalho para esclarecer que tal nunca tinha acontecido. Contudo a Sr. Presidente entendeu que não seria necessário”

         Sendo um conflito de trabalho, e existindo um contrato, assinado pelas partes, a Resolução do Contrato não deveria ser por ofício, e muito menos entregue em mão, procedimento errado retirando a razão aos seus executantes, mas sim uma nota de culpa enviado pelo correio registado com aviso de receção a notificar a outra parte.

Na parte final do seu ofício refere, a Junta: “ Face ao exposto, decidiu o Executivo J.Q. após reunião extraordinária do dia 31/9/2014 proceder a resolução do contrato com V. Ex.ª com base no articulado”

Ao ser confrontada com a exibição do documento (acta) que certifica-se esta decisão, o executivo respondeu que não existia. Não queríamos acreditar no que se acabava de dizer. A reunião que decidiu pôr fim ao contrato de trabalho foi uma conversa de amigos, produzida não se sabe onde mas com o intuito de julgar em causa própria. Muito bem. Foi mau demais para ser verdade, tanta incúria.

A A.F. perante o que ouviu, e após tentativa de esclarecer outros pontos, aconselhou o executivo a abordar com o Pedro a resolução do problema da conclusão do contrato, e rever a sua posição muito fragilizada e incómoda da legalidade. Acreditamos a sua resolução e rapidamente.

- Com o apoio jurídico da Autarquia, foi enviado pela Junta de Freguesia um parecer ao DRAP, em resposta ao não pagamento (19.830,02€) da última entrega do PRODER referente à limpeza das matas e respectivas mães d’agua.

- Circular interna. Lembram-se? Aquela que o executivo da Junta anterior, executivo actual e Câmara Municipal deram como prioridade de realização, e para o qual faltava, um estudo de impacto ambiental, que era relativamente simples e que seria feito na Câmara, pelos seus técnicos.

- Entrada de Quiaios por Cabanas. Rotunda das bombas de combustível.

Obras, quando? O projecto estava pronto no mandato anterior.

- Pintura das vias (eixo e bermas), estacionamento, lugares para pessoas portadoras de deficiência, ordenamento de trânsito, colocação de sinais de trânsito verticais etc. etc.

Perguntou-se ao Executivo se tinha novidades sobre estes assuntos. Resposta curta e seca; NÃO TENHO NADA A DIZER.

Os elementos deste departamento de Trânsito da Autarquia são uns pantomineiros.

- Intervenções do público. As mágoas recaíram em problemas que vem de longe, com barbas, e há muito reclamadas a sua execução. Carecem de saneamento básico, (inconcebível, que em pleno século XXI uma das condições primários de cidadania e dignificação humana, não seja uma prioridade); caminhos por alcatroar; valas de escoamento de águas por manilhar; valetas por concluir; depois da Autoestrada concluída ficaram caminhos tapados e cuja circulação era fundamental para a entrada de propriedades; sinais de trânsito por colocar;  contentores, lixos, vidrões etc. etc.

Um inumerado de situações a que o Executivo respondeu que faria conforme as solicitações e disponibilidade dos recursos, recusando a ideia de um abandono daquelas populações.

Em conclusão, deixamos a nossa contribuição para a resolução do problema. As populações têm de tomar em mãos a decisão deste problema, se querem deixar de ter a vida infernizada. Em conjunto com a Associação de Moradores e o Executivo da Junta tem de se reunir e fazer esforços de um entendimento para que durante uns fins-de-semana, e aos poucos, irem colocando as manilhas nos locais necessitados. Claro que a Junta tem de fornecer os materiais e maquinaria. A não ser assim, nunca mais terão o problema resolvido. Era assim que a CDU procederia se fôssemos Junta de Freguesia.

- Refeições escolares para os alunos da Escola Básica 1º ciclo Quiaios.

“É a escola com piores condições do Concelho”. Conclusão investigada por várias entidades e dadas a conhecer pelo Executivo da Junta na A.F.

Com a presença de uma delegação de Pais, esta declaração, veio para cima da mesa na discussão do local onde deveria ser servida as refeições aos alunos. Até aqui eram fornecidas e servidas pela Casa do Povo, nas suas instalações.

Com o novo ano escolar veio um novo concurso, um novo fornecedor, CERCIFOZ-LAVOS, que não tem de arranjar local para as servir. Aqui começa o problema. Então o que temos? Temos as refeições, e uma sala de aula desactivada para servir como refeitório. O Executivo, Pais e encarregados de educação não aceitaram por falta de condições. O Executivo da Junta propôs, à Autarquia, a cobertura e fecho da parte posterior do recreio da escola e para isso apresentou um projecto. A autarquia não tem verba para esta realização. Foram dadas como alternativa o Grupo Instrução e Recreio Quiaense (G.I.R.Q.) e a Cruz Vermelha. Afastado o G.I.R.Q., a Câmara disponibilizou-se em executar as obras de melhoramento de um espaço existente cedido para o efeito pela Cruz Vermelha. Ou os Pais avançam com uma atitude enérgica, ou impasse permanece. Entretanto, todos os dias as crianças têm de comer na sala de aula desactivada sem condições.

DEPUTADO DO PCP NA FIGUEIRA DA FOZ


 
O deputado do Partido Comunista Português Miguel Tiago esteve ontem,13 de outubro, na Figueira da Foz a convite da Comissão Concelhia do PCP, e cujo programa versava reuniões de trabalho e visitas com as seguintes entidades:
- Centro de Protecção e Recuperação de Animais Marinhos de Quiaios.
- CIMPOR, pedreira do C. Mondego
- Associação S.O.S. Cabedelo
- Associação BodyBoard Foz do Mondego
Em todas elas, ouve uma franca troca de opiniões e de posições acerca das diversas actividades e projectos nomeadamente no que refere as preocupações com o assoreamento a norte e no interior da Barra da Figueira da Foz em contraponto com a acelerada erosão da zona sul do mesmo molhe. Situação que poe em risco as populações e actividades humanas na referida zona.
        Sobre estes problemas comprometeu-se, o PCP, através do deputado e do seu grupo parlamentar, interrogar o Governo podendo inclusivamente haver uma acção parlamentar, mais concreta sobre estas questões.  
À noite, num restaurante da Morraceira, o deputado terminou a sua visita ao nosso concelho, participando num jantar que reuniu largas dezenas de apoiantes da lista  CDU concorrente às intercalares de S. Pedro no próximo domingo dia 19 de outubro.
 
Comissão Concelhia da Fig. da Foz do PCP