1500
milhões de euros na bolsa, avança o Correio da Manhã,
citando um relatório do Tribunal de Contas. No final de 2011, o Fundo valia
menos oito por cento que em 2010, o que corresponde a uma desvalorização três
vezes superior à verificada nesse ano. Temos, portanto, que, para além das
perdas resultantes de políticas de achatamento salarial e promoção da
precariedade, com efeitos directos sobre a base de incidência dos descontos e
indirectos sobre a recessão e o desemprego que geram, os dois últimos Governos
andaram também a refundar o Estado social jogando na bolsa com o dinheiro das reformas
futuras dos portugueses, ao mesmo tempo que reduziam reformas, aumentavam
descontos e falavam em envelhecimento populacional para aumentar a idade mínima
para a reforma. Responsabilidade e sentido de Estado, como cantam os
comentadores do regime. Porque o dinheiro não desaparece assim, por evaporação,
e a uma perda corresponde sempre um ganho, Resta saber quem ficou com todo este
dinheiro. Quem possua informação privilegiada, nomeadamente quem tem a
proximidade suficiente do grande accionista Estado para saber quando, a que
preço e que acções compra e vende, tem todas as condições para enriquecer do
dia para a noite. Com as reformas dos portugueses. Há quem diga que o BPN
aconteceu porque havia que esconder estes jogos da fortuna deles e do nosso azar."
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