terça-feira, 13 de maio de 2008

OS MEIOS NÃO JUSTIFICAM OS FINS

No decorrer da última A.F. realizada em Abril houve, por parte do Sr. Presidente da Mesa e de um elemento da maioria, Sr. António Pedreiro, posturas pouco dignas de representantes do Povo desta Freguesia. Os meios não justificam os fins.
No início, e no ponto nº1 Período antes da ordem do dia, dava a conhecer o expediente recebido quando se referiu a duas cartas da CDU dizendo:”que não tinha dado andamento das mesmas por duas questões: a primeira, porque não vinham assinadas: a segunda, por ignorar quem as tinha escritas, se os representantes da CDU na A.F. ou alguém por eles”.

Desde o início do mandato realizamos, vinte e cinco (25) iniciativas idênticas, foram executadas e apresentadas dentro da Lei e do Regimento que rege a A.F.
Foram sempre aceites pela Mesa, discutidas e votadas pela A.F. sem nunca pôr em causa as formas, conteúdos ou maneiras como (foram) exibidas.
Quer isto dizer Sr. Presidente, que foram expostas em papel timbrado com a sigla e símbolos da Coligação e os nomes dos respectivos eleitos.
Com esta atitude, o Sr. Presidente, insinua que o que acabámos de descrever é um documento anónimo?

Se o não é, então qual o motivo porque na décima primeira (11º) sessão entendeu, unilateralmente, duvidar da legitimidade de documentos oportunamente enviado à A.F. mandando às “ortigas” a Lei e o Regimento, que estabelecem as regras sobre exposições, requerimentos etc., etc. dirigidos a si Sr. Presidente?

Quanto à segunda questão:”de não saber se foram ou não os próprios a escrever os ditos ofícios”

Com tal postura Sr. Presidente, entende por tanto, que o lugar que ocupa, é de tutor, encarregado de educação, monitor, encarregado político, ou pior ainda censurar à boa maneira do antigamente.
Sr. Presidente, não acha que ultrapassou tudo o que é racional com tal curiosidade? Se não acha, então perguntamos: o que é que tem a ver com isso? E se tem, em que base legal legítima esse seu zelo?
Não entramos em considerações político/partidárias que, por certo, não entenderia. No entanto dizer-lhe que tem o dever como cidadão, e mais ainda, como Presidente da Mesa da A.F. de respeitar quem tem métodos, formas e organização de trabalho diferentes. Para além disto, e mais importante, tem que respeitar e fazer respeitar as Leis e o Regimento. Para isso foi empossado. Se não for capaz, ou se não souber fazer então demita-se.

O facto seguinte:
Mais do que um episódio, o caso revela uma inquietante tendência que não aconselha leituras simplificadas. Poder-se-ia, sempre, ser tentado a explicar a ocorrência por razões de atitude ou feitio, mas é preocupante. Um eleito que perante críticas, reparos ou dúvidas tem comportamentos como o que se assistiu, só vem dar razão ao que temos publicamente escrito.
O Sr. António Pedreiro, inoportuno, deu-se ao luxo de interromper a leitura de um esclarecimento/resposta a um panfleto, por ele, lido e entregue na última A.F.
Esclarecimentos/respostas que estão de acordo com as regras mais salutares e elementares da convivência democrática, pois se aclaravam equívocos, explicavam desentendimentos e partilhavam afirmações. Em vez de ouvir como era seu dever e mandam as regras da boa educação, não! Empertigou-se, gesticulou, berrou e ficou indiferente a tudo, roçando mesmo a provocação, sem o mínimo respeito e postura pela A.F. lá foi dizendo:”que estava nervoso, com o que nós escrevemos, sentia-se ofendido etc. etc.” Faltando apenas chegar a vias de facto. Tudo isto com a bondade do Sr. Presidente.
Foi confrangedor ver que nem uma reprimenda esboçou, ou se a fez, foi tão ténue, pouca convicta e sem nenhuma autoridade, para pôr termo ao impropério.

Demonstre Sr. Presidente, que o que se tem afirmado/escrito sobre quem quer ou, o que quer que seja, põem em causa a dignidade e o bom-nome de alguém.
Porque não o pode fazer, por evidente impossibilidade, ponha termo às más educações e abusos de poder que são mais que evidentes nas A.F.